De um ponto de vista arquitectónico e ignorando quaisquer fronteiras administrativas, dir-se-ia que desde o centro da Maia até ao centro do Porto haveria de haver uma ligação urbana eficaz - uma avenida? Poucas são as formas urbanas que se adaptam a ambos os lados das fronteiras administrativas. Não podemos, por isso, elaborar um plano que englobe toda a gente que vive neste aglomerado urbano que seja eficiente e unitário.
Vejamos o exemplo de Barcelona. É estruturada em umas poucas avenidas de grande capacidade que atravessam todo o aglomerado urbano. O resultado é uma maior eficácia na mobilidade urbana. É evidente.
Outro exemplo: Berlim. É uma cidade bem grande, mas que não nasceu assim. Berlim foi engolindo outras localidades adjacentes como Charlotenburg. O facto é que hoje Berlim é toda ela administrada por uma só câmara, o que resulta numa estrutura viária, económica, ecológica, etc mais unitária. Berlim não funcionaria se fosse uma manta de retalhos como a do aglomerado urbano do Porto.
Proponho por isso, que se unam as câmaras de Gaia, Porto, Gondomar, Valongo, Maia e Matosinhos. Assim poder-se-ia planear a cidade na sua verdadeira essência. As àreas de expanção seria planeadas pelas mesmas pessoas que planeiam o centro. O sistema de transportes teria em conta a relação entre essas novas áreas com o centro da cidade. A estrutura ecológica (praticamente inexistente no Porto) poder-se-ia resguardar a uma escala significativa e unitária. A relação do aeroporto e porto poderia ser mais complexa e profunda, nomeadamente na distribuição de mercadorias nos diversos centros de consumo e produção e na mobilidade de pessoas para o exterior.
O mesmo se poderia ponderar na situação de Lisboa.
1 comentário:
http://jpn.icicom.up.pt/2009/01/19/fusao_entre_porto_e_gaia_com_adeptos_de_varias_areas_da_sociedade.html
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